Âmbito e conteúdo/Resumo
Fotografia colorida. Vê-se em primeiro plano dois homens, à esquerda, vestindo calça jeans, camisa social de botões, de cor branca, com as mangas dobradas à altura dos cotovelos, cinto de cor preta, óculos de grau, com cabelos grisalhos e sorrindo, está o ator, dramaturgo e diretor teatral Ricardo Guilherme. À sua direita, sendo abraçado por Ricardo Guilherme, está o ator e diretor Clóvis Pereira Matias (1913 - 1998), vestindo paletó e gravata borboleta, ele tem cabelos brancos, é calvo no centro da cabeça, sorri para a fotografia segurando em sua mão esquerda uma placa de homenagem, na cor cinza e base de madeira. Ao fundo da imagem, vê-se pessoas aplaudindo sentadas em uma plateia. Trata-se da última aparição pública de Clóvis Matias, em 1996, em solenidade realizada na sede da Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza (Funcet), na qual o ator recebe das mãos de Ricardo Guilherme uma placa de homenagem prestada pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. No verso da fotografia, escrito, à mão, de caneta de cor azul, as inscrições "última aparição pública de Clóvis Matias. Na Fundação Cultural de Fortaleza, ele recebe das mãos de Ricardo Guilherme, placa de homenagem prestada pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, 1996". No verso também constam três palavras rabiscadas. Clóvis Pereira Matias (1913-1998) é ator de teatro, rádio e televisão e diretor oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Theatro José de Alencar. Como palhaço, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante e fonte inesgotável de reinvenção do teatro.