Âmbito e conteúdo/Resumo
Fotografia, em preto e branco, em tons amarelados, colada em papel A4. Vê-se seis pessoas, sendo cinco adultos, quatro deles homens e uma mulher, sentados, e um menino em pé, ao fundo. À frente deles vê-se parte de uma mesa, com garrafas e copos de bebida. Trata-se de uma confraternização de pessoas de Teatro, fora de cena. Da esquerda para a direita, está a atriz e bailarina Tereza Bittencourt Paiva (sentada, de vestido branco), um menino não-identificado, o encenador e ator B. de Paiva (vestindo calça e camisa de botões de cor branca e manga curta, segurando um cigarro), o ator e diretor teatral Clóvis Matias (vestindo terno de cor branca e gravata borboleta de bolinhas), o dramaturgo e diretor do Grupo de Amadores Gráficos Domingos Gusmão de Lima (vestindo terno e gravata) e, por último, um homem não-identificado (vestindo calça e camisa de botões de manga curta, usa óculos de grau de astes largas e cor preta). A fotografia, provavelmente, é de meados da década de 1960. Clóvis Pereira Matias (1913-1998) foi ator de teatro, rádio e televisão e diretor oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Theatro José de Alencar. Como palhaço, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante e fonte inesgotável de reinvenção do teatro.