Âmbito e conteúdo/Resumo
Fotografia, em preto e branco, recortada seguindo o contorno do perfil de Clóvis Matias. Ele aparece apenas de rosto e cabeça, está de perfil, com a mão segurando o queixo. Veste camisa branca e gravata borboleta de bolinhas brancas, tem cabelo um pouco calvo com entradas na testa, e um bigode com poucos fios. No verso, escrito, à mão, de caneta de cor azul, a inscrição "Clóvis Matias", escrito em lápis o código de inventário do acervo "RG110", contendo ainda dois carimbos impressos, na cor azul, com a inscrição "Acervo Ricardo Guilherme". Clóvis Pereira Matias (1913-1998) foi ator de teatro, rádio e televisão e diretor oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Theatro José de Alencar. Como palhaço, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante e fonte inesgotável de reinvenção do teatro.