Âmbito e conteúdo/Resumo
Fotografia, em preto e branco, em tons amarelados, colada em folha A4. Vê-se dois homens, sentados. À esquerda, está o jornalista Francisco Alves, vestindo camisa branca e gravata, à sua frente aparece uma máquina de datilografia, com uma folha de papel no rolo de impressão. À direita, está o ator de teatro, rádio e televisão e diretor Clóvis Matias, vestindo camisa de botões de manga longa, na cor branca, sorrindo. Clóvis Matias está sendo entrevistado pelo jornalista Francisco Alves, na redação do jornal Tribuna do Ceará, na década de 1960. Clóvis Matias é oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Theatro José de Alencar. Como palhaço, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante e fonte inesgotável de reinvenção do teatro.