Âmbito e conteúdo/Resumo
Fotografia, em preto e branco, em tons amarelados. Vê-se dois homens em cena, em um palco, à esquerda sentado em um banco de cor branca, está o ator Clóvis Matias, vestindo paletó branco, com lenço no bolso, sapato social de cor preta, gravata borboleta e chapeú de cor branca, ele segura uma bengala com uma mão, enquanto a outra mão aponta com o dedo indicador, como se estivesse gesticulando ao falar com o homem que está ao seu lado. À sua direita, está o ator Ricardo Guilherme, vestindo calça, camisa com estampa xadrez, sandálias de couro, e chapéu de plalha, ele está em pé, curvado para frente, conversando com Clóvis Matias. Ao fundo, vê-se dois painéis de tecido, sendo segurados por trás por duas pessoas que não aparecem na imagem, em um dos painéis está desenhado um homem com chapéu de palha e calça até a altura do joelho, segurando uma enxada. Trata-se da peça "As aventuras de Pedro Malazartes", texto de João Bittencourt e direção de Ricardo Guilherme, de 1981. No verso, escrito, à mão, em caneta de cor azul, as inscrições "Ricardo Guilherme e Clóvis Matias e 'As aventuras de Pedro Malazartes' de João Bittencourt", "Grupo Pesquisa", "Direção de Ricardo Guilherme". Também constam dois carimbos impressos, na cor azul, com a inscrição "Acervo Ricardo Guilherme" e escrito em lápis o código de inventário do acervo "RG102". Clóvis Pereira Matias (1913-1998) foi ator de teatro, rádio e televisão e diretor oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Theatro José de Alencar. Como palhaço, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante e fonte inesgotável de reinvenção do teatro. Ricardo Guilherme (1955) é ator, dramaturgo, diretor teatral, contista, cronista, poeta, professor universitário e pesquisador, com grande relevância no espaço acadêmico, artístico e cultural do Estado do Ceará, além de ser o doador do presente acervo que recebe o seu nome.