Âmbito e conteúdo/Resumo
Fotografia, em preto e branco. Vê-se em primeiro plano, ao centro da fotografia, um homem, em pé e de perfil, vestindo calça social, cinto de cor preta, camisa de cor clara e manga longa e óculos de grau, ele tem cabelos grisalhos e segura algo semelhante a um tecido de cor clara, estendido para o lado direito até o final da imagem. Trata-se de Clóvis Pereira Matias (1913-1998) ator de teatro, rádio e televisão e diretor. Ao fundo, vê-se objetos como cadeiras, escada, parte de um cenário, observa-se ainda partes de cortinas suspensas a partir do teto. Trata-se da área técnica de um palco, no espaço anterior ao de apresentações, identificado no verso da imagem como sendo o Theatro José de Alencar. Também observa-se um homem ao fundo, vestindo calça branca e camisa com listras na vertical. No verso, escrito, à mão, de caneta de cor azul, as inscrições “trabalho”, “confecção de roupas da peça ‘O Demônio Familiar’, de José de Alencar, produzida pelo grupo Comédia Cearense. Ao fundo: cenário de Flávio Phebo”. No canto inferior, ainda está escrito “Clóvis Matias - T. José de Alencar”, e o ano de “1975”. Também vê-se um carimbo impresso, na cor azul, com a inscrição “Acervo Ricardo Guilherme” e escrito em lápis o código de inventário do acervo "RG098”. Clóvis Matias é oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Theatro José de Alencar. Como palhaço, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante e fonte inesgotável de reinvenção do teatro.