Âmbito e conteúdo/Resumo
Fotografia, em preto e branco, em tons amarelados. Vê-se, em primeiro plano, ao centro da fotografia, um homem em pé, vestido de paletó de cor escura sobreposta a uma camisa de cor branca, sapatos pretos, segura com a sua mão direita um pedestal com um microfone que está à sua frente. Trata-se de Clóvis Pereira Matias (1913-1998) ator de teatro, rádio e televisão e diretor. Ao fundo, vê-se homens e mulheres, vestidos com trajes sociais, homens de paletó e gravata e mulheres de vestido, atrás deles vê-se uma cortina de palco fechada. Estão sobre o palco do Theatro José de Alencar, conforme está identificado no verso da fotografia, em solenidade de fundação do Grupo Escola Dramática Dragão do Mar, no dia 13 de maio de 1962. No verso, escrito, à mão, de caneta de cor azul, as inscrições "Clóvis Matias", "no TJA", abaixo está impresso um carimbo com a inscrição "Acervo Ricardo Guilherme", e no canto inferior esquerdo escrito em lápis o código de inventário do acervo "RG097". Clóvis Matias é oriundo dos folguedos populares e do circo, mestre da comédia de costumes e das burletas, pioneiro dos programas de humor no rádio cearense, que de 1973 a 1989 atuou como porteiro do Theatro José de Alencar. Como palhaço, Clóvis no palco dispensava maquiagens, apliques e adereços, pois mesmo de rosto nu, apenas pela entonação, pela gesticulação e pelo domínio do ritmo de sua narrativa, fazia a platéia rir. Clóvis foi um dos últimos remanescentes de uma estirpe de mambembeiros, emblemático comediante e fonte inesgotável de reinvenção do teatro.